Sintomas De Depressão: Como Saber Se Tem A Doença

O pianista Liberace foi um dos maiores vendedores de discos das décadas de 1950 e 1960. Seu repertório misturava peças clássicas com sucessos contemporâneos, porém o que de fato chamava a atenção do público era seu visual extravagante. Trajando figurinos com muitos brilhos e paetês, Liberace foi um antecessor óbvio de Elton John. Também era evidente que ele era gay. Só que isso não era comentado por ninguém. Liberace não se assumiu nem sequer depois de morrer em decorrência da AIDS, em 1987: sua assessoria divulgou que uma dieta malsucedida causara sua morte.

Artistas que viviam sua homossexualidade em segredo eram comuns até bem insuficiente tempo. Alguns, como o ator Rock Hudson, entravam em casamentos de fachada, só pra despistar o público. Gays, lésbicas e transexuais mal existiam sequer como personagens de ficção. Eram raríssimos no cinema e no teatro até o desfecho da década de 1960. Quando apareciam, eram a todo o momento figuras atormentadas, sem lugar na população. Aquela década foi marcada, nos EUA, por três grandes movimentos de libertação: o negro, o feminista e, mais pro finzinho, o homossexual.

  • Quatro – O delineado está mais fino em um dos olhos
  • trinta e oito – Envelopamento de geladeira com numerosas cores
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Os dois primeiros neste instante existiam desde meados do século 19. O terceiro foi uma grande novidade, e teu veloz avanço mudou para todo o sempre a cultura pop. Os sinais agora estavam no ar, mesmo antes do levante de Stonewall. Lá por 1966, os hippies misturavam as características dos gêneros e pregavam a total autonomia sexual.

A peça “Os Rapazes da Banda”, de 1968, traçava um retrato realista dos gays da categoria média branca. Astros do rock começavam a utilizar cabelos compridos e alguma maquiagem. Mas o amplo catalizador foi mesmo Stonewall. A revolta dos frequentadores daquele bar em Nova York, contra a polícia que queria prendê-los só pelo evento de serem gays e trans, obteve as manchetes do mundo inteiro.

E, se não escancarou as portas do armário, pelo mostrou que ele existia: até então, a diversidade sexual era aproximadamente desconsiderada pela mídia. No decorrer da década seguinte, cantores como David Bowie e Ney Matogrosso se revelaram bi ou homossexuais. Pros atores, assumir-se era (e ainda é) mais complicado. Mas o questão foi deixando aos poucos de ser tabu. Nos anos 1980, uma tragédia ocorreu: a epidemia da AIDS, que custou milhões de vidas no mundo inteiro.

Mas esse drama terrível teve uma resultância positiva pela cultura. Peças como “As Is” e “The Normal Heart”, ou filmes como “Meu Querido Companheiro” e “Philadelphia”, discutiam abertamente as resultâncias da doença. Atualmente, a diversidade sexual já faz cota da paisagem. Dá para encher outras páginas com os nomes dos artistas gays, lésbicas e transexuais, e novas tantas com os dos heterossexuais simpatizantes. Agora o anormal é contestar a vivência de tamanha diversidade e os direitos deste segmento, que corresponde a, pelo menos, 10% da população.

Nesta sexta-feira, vinte e oito de junho de 2019, celebram-se os cinquenta anos do levante de Stonewall. É uma data a ser celebrada até por quem não se encaixa em nenhuma das letras da sigla, que não para de desenvolver-se. Porque qualquer opressão não é ruim só pros oprimidos: não é bom para toda humanidade. Tony Goes tem cinquenta e seis anos. Nasceu no Rio de Janeiro, porém vive em São Paulo desde baixo. Já escreveu pra imensas séries de humor e programas de variedades, além de alguns longas-metragens.